Se hoje as drogas são efeito e causa de problema social, uma mercadoria que gera milhões de reais com o tráfico além de violência e mortes, nas décadas de 60 e 70 eram uma forma de libertação, de se enxergar o que ninguém via. Eram parte essencial de uma ideologia que estava nascendo e que mudaria o mundo a partir, principalmente, da música.
Contextualização:
A década de 60 foi marcada pelo movimento de CONTRACULTURA. Esse movimento, difundido principalmente entre os jovens, era um movimento de contestação às normas e valores vigentes na época.
Entre os motivos de contestação, estava principalmente a Guerra do Vietnã , que teve inicio em 1958 e se encerrou apenas em 1975.
As buscas pela liberdade de expressão e pela liberdade sexual também se encaixavam no movimento, e tiveram ainda mais força com o aparecimento dos principais representantes do movimento de CONTRACULTURA: OS HIPPIES.
Jargões conhecidos como “sexo, drogas e rock’n’roll” ou “paz e amor” são até hoje ligados aos hippies, que em sua ideologia, se opunham radicalmente aos valores culturais considerados importantes na sociedade como o trabalho, o patriotismo e nacionalismo e a ascensão social. Viviam em grupos e em aldeias, e foi na era dos hippies, que o uso das drogas se tornou mais intenso. Grandes manifestações e festivais como o “Verão do amor” em 1967 e o “Woodstock” de 1969 aconteceram e tiveram repercussões mundiais.
As Drogas:
Diversos tipos de drogas foram usadas nesse período. A maconha era a droga mais popular e mais utilizada. Drogas mais pesadas como cocaína e horoína também eram usadas, o ecstasy surgiu no final de década de 60 mas não teve muitas repercussões. Mas de todas as drogas foi o LSD a droga de maior destaque na época.
Ácido ou droga psicodélica, como era conhecido, o LSD era usado em conjunto e tinha seu uso permitido. Com o grande número de usuários a droga foi proibida no final da década de 60 mas continuou sendo usada. O LSD tinha efeitos alucinogénos e aumentava a percepção sensorial. O usuário se sentia bem e em estado de euforia e liberdade — sentimentos totalmente condizente com o sentimento da época.
O LSD foi a droga que possibilitou maior mudança na época, principalmente na música.
As Drogas e a Música:
A maioria dos músicos da época eram usuários de drogas. A principal representação múcical era o rock, e das bandas que surgiram na década de 60, quase todas tiveram contato com o LSD.
A música e a droga tinham uma ligação muito íntima. Muitos músicos se drogavam para compor. Em shows tanto banda como público estavam sobre efeito das drogas.
O albúm “Sg.t Peppers Lonely Hearts Club Band” dos Beatles, considerado um dos marcos na história da música, foi inteiro composto, produzido e gravado sobre so efeitos do LSD.
Considerações Finais:
As drogas atingiam os jovens direta e indiretamente, por todos os lados. Era usada como forma de contestação e liberdade. Estava ligada a ideologia da época.
No final dos anos 70 as drogas começaram a ser usadas excessivamente e perderam o seu significado inicial.
Não pretendemos com esse texto fazer apaologia às drogas, mas sim mostrar o papel que as drogas tiveram nos ano de 1960 e 1970 e traçar um paralelo com a situação atual das drogas hoje em dia.
( TEXTO EXTRAÍDO DO BLOG COM "TEXTOS E PRETEXTOS".)